segunda-feira, 28 de setembro de 2009

O vencedor das Legislativas 2009

Afinal, quem ganhou nestas eleições?



Diz-se que foi o PS, mas não! Estão equivocados... reparem bem, quem ganhou foi a ABSTENÇÃO! Quem perdeu foi PORTUGAL.


1.º Abstenção:          39,4%

2.º PS:                       36,6%

3.º PSD:                    29,1%

4.º CDS:                    10,5%

5.º BLOCO ESQ.ª:     9,9%

6.º CDU:                     7,9%



E quem é que mais perdeu?

Curiosamente foi o PS (perdeu 24 deputados), mas que mesmo assim, se mantém em primeiro lugar, porque teve mais votos e elegeu mais deputados do que os outros partidos.



E quem é que mais ganhou?

Sem dúvida o CDS.



Mas e estes 39,4% de abstencionistas, quem são, onde estavam? Não estão preocupados com o futuro do país, não se interessam? Este número incomoda-me bastante, quase metade dos Portugueses não foi votar.



Lavro aqui o meu protesto contra a abstenção e coloco o meu blogue de Luto por Portugal. Há um número demasiado elevado de Portugueses que não se interessaram por Portugal e por salvar o seu país.



"Esta foi a vitória de quem tem os olhos no futuro." Frase proferida pelo Primeiro Ministro no Discurso de vitória em 2009/09/27, às 23:45



Concordo com a expressão, por isso é que não lhe deram a maioria absoluta (perdeu 24 deputados relativamente a 2005)!... porque estão com os olhos no futuro, num futuro com maior equilíbrio e sem poderes absolutos.





quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O Grande Concurso de Irregularidades de 2008 da CMTavira

Ando há imenso tempo para escrever sobre este concurso (n.º 26514/2008), onde houve de tudo menos Rigor e Igualdade de Oportunidades entre os candidatos.
É um relato muito extenso, e estou sem muito tempo para o efeito, portanto parece-me que o melhor a fazer, para rentabilizar o meu tempo será publicar aqui o conteúdo (quase integral) da longa exposição de 8 páginas que enviei ao Exmo. Senhor Presidente:

Exmo. Senhor,
Presidente da Câmara Municipal de Tavira
Praça da República
8800-951 Tavira


Tavira, 11 de Janeiro de 2009


Assunto: Homologação da lista de classificação final - Concurso interno de acesso geral para quatro vagas de Assistente Administrativo Especialista

Desde o dia em que recebi (27/11/2008) a carta com a convocatória para a prova de conhecimentos que sentia e tinha a certeza que havia algo de errado com este concurso. Mas ... não domino as matérias, não sou jurista, não tenho o “faro” apurado e não estou treinada para detectar este tipo de ilegalidades e por isso demorei muito tempo a deslindar o caso. Mas felizmente consegui chegar lá! Infelizmente já não foi a tempo, porque necessitava que tivesse sido dentro do prazo de audiência de interessados porque o caso teria, certamente, tomado outro rumo. Estou certa de que V.Exa. jamais homologaria uma lista de classificação final resultante de um concurso que comporta tamanha ilegalidade.

(...)
Embora não tenha que o fazer, faço-o em nome do respeito e consideração que me merecem V.Exa. e os elementos do júri do concurso e como tal lamento profundamente ter que comunicar que me encontro a escassas horas de ter que tomar uma decisão bastante difícil e penosa, a de apresentar ou não recurso contra a homologação da lista de classificação final, por considerar que V.Exa. homologou uma lista de classificação final relativa a um acto ilegal, que apresenta uma grave desconformidade com a legislação aplicável e irregularidades que tornam possível que promova a sua impugnação solicitando a revogação do acto e, consequentemente a sua substituição por outro que reponha a legalidade. Como motivo principal a alegar será o do incumprimento do prazo estipulado no n.º 2 do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 204/98 e que refere:
2 – Após a conclusão do procedimento previsto no artigo seguinte, ou, não havendo candidatos excluídos, no termo do prazo previsto no n.º 1, é afixada no serviço uma relação dos candidatos admitidos.”

Ora aqui está a alegação correcta, aquela que procurava há muito, mas que teimava em não se revelar, que indica inequivocamente, que não havendo candidatos excluídos, como é o caso do concurso em apreço, só no termo do prazo previsto no n.º 1 do mesmo artigo é que poderia ter sido afixada no serviço a lista dos candidatos admitidos. O atrás exposto contraria o procedimento do júri e torna-o ilegal porque a lista de candidatos admitidos só poderia ter sido afixada 15 dias úteis após o prazo para a apresentação das candidaturas, que foi 19/11/2008. Portanto, de acordo com o n.º 2 do artigo 33.º do Decreto-lei n.º 204/98 de 11 de Julho a lista de candidatos admitidos só poderia ter sido afixada no dia 12 de Dezembro de 2008 (e não a 25/11/2008 como se verificou) e só após esta data é que o júri poderia dar início ao procedimento expresso no artigo 35.º.
(...)
Contudo, após a comunicação do júri do concurso de falta de provimento às minhas alegações, voltei a ler por várias vezes algumas partes do Decreto-Lei 204/98 de 11 de Julho, na esperança de encontrar algo que consubstanciasse esta minha forte e persistente sensação de ilegalidade no cumprimento dos prazos previstos, mas continuava sem conseguir descobrir aquilo que necessitava e, só na passada 6.ª feira é que lá consegui, finalmente, encontrar o “gato escondido” (ou ele a mim...), encontrei a última peça que me faltava para completar este puzzle, cuja não conclusão já me atormentava há muito.
Acendeu-se a lâmpada que me iluminou na legislação o artigo que não oferece qualquer tipo de dúvida de que a prova de conhecimentos não poderia ter-se realizado no dia 05/12/2008: o n.º 2 do artigo 33.º (bendito 33.º!)

Afinal, legalmente, ainda teria disposto de mais tempo para me preparar para a prova do que aquele que julgava que deveria ter tido e que não tive. Porque como já referi na exposição apresentada em 19/12/208, considerava que a prova só se poderia ter realizado no dia ou após 09/12/2008 e só mais esses 4 dias (para além do dia 05/12/2008) já me teriam sido preciosos para ter uma nota bem melhor e acredito que poderia ter, facilmente, conseguido 16 ou 17 valores que me teriam permitido ficar posicionada nos primeiros quatro lugares.

(...)
Acresce, ainda, que após recepção da correcção da prova (em 02/01/2009), detectei mais erros, nomeadamente:

1 - À pergunta n.º 2 do Grupo I: Nos termos do CPA existe sempre o dever de decisão por parte dos órgãos administrativos. Respondi que a afirmação era falsa e como fundamentação legal referi o n.º 2 do artigo 9.º do Código do Procedimento Administrativo. E o que diz o n.º 2 do referido artigo é o seguinte: “2 - Não existe o dever de decisão quando, há menos de 2 anos contados da data da apresentação do requerimento, o órgão competente tenha praticado um acto administrativo sobre o mesmo pedido formulado pelo mesmo particular com os mesmos fundamentos.”

Não entendo porque motivo é que apenas me foi atribuída a classificação de 0.75, quando deveria ter sido atribuída a classificação máxima de 1 (um) valor uma vez que a fundamentação legal está correcta. A afirmação ou pergunta constante no enunciado estaria correcta se não existisse o n.º 2 neste artigo, e é precisamente este n.º 2 que faz com que a afirmação se torne falsa. Discordo com a resposta que o júri considerou de: - “CPA artº. 9º.”, porque está incompleta e não está de acordo com o constante no enunciado da prova onde é referido no n.º 1 que “A fundamentação legal é essencial, devendo ser especificados os diplomas, artigos números e alíneas.”

2 – A fundamentação legal considerada pelo do júri à questão n.º 3 do Grupo I está bastante incompleta, falta referir o n.º 1 e a alínea b). A afirmação: “Um funcionário, por falecimento de um primo, tem direito a faltar 2 dias consecutivos.”, terá que ser considerada Falsa, porque de acordo com a referida alínea b) só está previsto até ao 3.º grau da linha colateral, e o primo já está em 4.º grau da linha colateral. Mais uma vez e à semelhança do que aconteceu na questão anterior, não foi respeitado o princípio enunciado na prova de que: “A fundamentação legal é essencial, devendo ser especificados os diplomas, artigos números e alíneas.”
Em consequência do atrás referido, houve candidatos beneficiados com pontuação indevida.

3- À questão n.º 2 do Grupo II, respondi correctamente a tudo excepto à alínea, que por lapso (devido à pressa de responder) coloquei a f) em vez da g). Por esse facto, descontaram-me metade da cotação (só me foi atribuído um valor quando a questão valia dois). Estranho! E ainda é mais estranho o facto de que não constava no processo, quando o consultei, a grelha referente à classificação parcial de correcção das perguntas, ou seja a esta pergunta que era se: Pode uma Junta de Freguesia exercer tal competência? Fundamente a sua resposta. Pergunto: Quanto é que valia a 1.ª parte da pergunta, ou seja o SIM? E a 2.ª parte à qual tínhamos que enumerar quatro items:
1) A Lei (5-A-/2002); - qual a cotação atribuída a esta parte da resposta?
2) o artigo (66.º); - qual a cotação atribuída a esta parte da resposta?
3) o n.º (2); - qual a cotação atribuída a esta parte da resposta?
4) a alínea (g). Esta valia metade da cotação, certo?
Se nesta questão cuja resposta para ser considerada certa tinham que ser registados 5 pontos, convenhamos que falhar apenas no último e ser descontado metade da cotação é de uma profunda injustiça! Então mas nas perguntas às quais o júri se esqueceu de contemplar a alínea, os candidatos que responderam dessa forma tiveram a pontuação máxima e a mim descontam-me logo metade? (...).


4- Ao confrontar a minha resposta à questão n.º 3 do Grupo II com a resposta do júri (Artº.s 3º.,a 12º. CPA), fiquei na dúvida sobre o que é que me faltou desenvolver dado que nas observações consta: “Resposta correcta com pouco desenvolvimento”. Pergunto o que é que havia para desenvolver, esta pergunta era muito subjectiva, foi-nos pedido para salientar e caracterizar as quatro inovações que julgamos que poderão ter mais impacto na administração pública, fundamentando a resposta. Foi o que fiz, do total dos 11 princípios gerais enumerados no CPA, escolhi os 4 que me pareceram melhor se enquadrar no âmbito da pergunta e fundamentei dizendo que me parecem aqueles que contribuirão para uma maior modernização, desburocratização, a criação de maior confiança, respeito naqueles que entram em contacto com a Administração Pública. Por outro lado aumentará a economia e a eficiência das suas decisões. Faltou-me desenvolver, precisamente, o quê?

5- À questão n.º 6 do Grupo II - Um funcionário, em gozo de licença sem vencimento de longa duração pode candidatar-se a concursos? Fundamente a sua resposta.
Respondi: De acordo com o n.º 3 do artigo 78.º do Dec.-Lei n.º 100/99 de 31 de Março, um funcionário não pode candidatar-se a concursos, porque não podem ser providos em lugares dos quadros enquanto se mantiverem naquela situação.
A minha reposta foi considerada errada, feito um risco por cima e atribuída a classificação de zero valores. Discordo por completo com a reposta que o júri considerou como certa e que foi:
“Sim, pode candidatar-se a interno geral para a categoria que detém ou para categoria superior, se preencher os requisitos legais, desde que o faça depois de ter manifestado vontade de regressar ao serviço efectivo , sem prejuízo do disposto no art. 83º. Artº. 82º. Nº. 1 do dec.-Lei nº. 100/99.”

A resposta por mim dada está correcta e quanto muito poderá ser considerada incompleta por não ter feito referência à única excepção a esta regra e que se encontra expressa no n.º 1 do artigo 82.º referente ao regresso da situação da licença sem vencimento de longa duração, mas a resposta a dar, a esta pergunta concretamente, tem que ser sempre em relação à regra e não à excepção. A resposta que o júri considerou trata-se da excepção (e como tal confirma a regra que aqui tem que ser enunciada) e não pode ser a resposta a considerar como certa. À semelhança desta questão, temos a questão anterior (n.º 5), que comporta na resposta a mesma lógica legal, ou seja temos uma situação que abrange todos os contratos, mas que depois no artigo seguinte é dispensada a publicitação e é dito em que situação. Nesta questão (n.º 6), o princípio é o mesmo, a regra é enunciada no artigo 78.º, referente ao regime da Licença sem vencimento de longa duração e a excepção vem um pouco mais à frente no artigo 82.º referente ao regresso da situação da licença sem vencimento de longa duração. Mas saliente-se que a pergunta não era essa, mas sim se Um funcionário, em gozo de licença sem vencimento de longa duração pode candidatar-se a concursos? A resposta a esta pergunta cai no âmbito do artigo 78.º, sendo que o 82.º teria que ser referido como a única excepção em que se poderiam candidatar, porque para cair apenas no âmbito do artigo 82.º, a pergunta teria que ter sido feita de outra forma.

Caso pretendam verificar/ confirmar, a aplicação prática desta regra, sugiro a consulta do Aviso (extracto) n.o 3803/2006 (2.a série) da Direcção-Geral dos Impostos, publicado no DIÁRIO DA REPÚBLICA—II SÉRIE N.o 62—28 de Março de 2006 com a lista de candidatos excluídos do concurso interno para admissão a estágio com vista ao provimento de 700 lugares na categoria de técnico de administração tributária-adjunto (TATA), nível 1, grau 2, do grupo de pessoal de administração tributária (GAT), do quadro de pessoal da Direcção-Geral dos Impostos, aberto pelo aviso n.o 10 838/2005, publicado no Diário da República, 2.a série, n.o 230, de 30 de Novembro de 2005.
De entre os muitos motivos de exclusão, a alínea i) contempla precisamente a situação de licença sem vencimento de longa duração.

Perante o atrás exposto, considero que a minha resposta deveria ter sido considerada correcta ou incompleta e atribuída a ponderação correspondente, que não se sabe qual é, porque a resposta que o júri considerou não está correcta e foi atribuída pontuação indevida a candidatos que responderam de acordo com a resposta incorrecta (incompleta).

Perguntar-me-ão porque motivo é que não expus ao júri do concurso estas questões relativas às fundamentações legais às respostas, conforme atrás exposto, mas confesso que, por boa fé (lá está o princípio da boa fé contemplado no CPA) ou por ingenuidade, ou por ambas nunca imaginei que a correcção das questões pudesse ter alguma irregularidade, nada me levou a ter qualquer tipo de suspeita até porque achei o teste acessível e só não tive melhor classificação porque não tive o tempo suficiente para me preparar e perdi muito tempo a procurar na legislação (no dia da prova) a fundamentação legal às questões, o que levou a que não tivesse respondido a três questões. Estive sempre em desvantagem com os restantes quatro candidatos pertencentes ao serviço para o qual foi aberto o concurso:
1.º- Porque, quase de certeza e na qualidade de funcionários, tiveram conhecimento que iria ser aberto o concurso a partir do dia 18/09/2008 (data do aviso de abertura) e puderam começar a preparar-se para a prova;
2.º Porque como funcionários, dominam bastante melhor certas matérias referentes à autarquia porque têm contacto com elas no desempenho das suas funções, contrariamente aos restantes candidatos, externos ao serviço;
3.º E, como se já não bastassem os motivos atrás referidos, contra os quais não há nada a apontar legalmente (sorte a dos outros candidatos), para agravar, ainda mais, a nossa desvantagem não são cumpridos os prazos legalmente estabelecidos. Seria caso para o nosso saudoso Fernando Peça aplicar a sua máxima: “E esta hem?”

Já o tinha referido no meu requerimento de 19/12/2008 e volto a insistir que me considero bastante prejudicada neste concurso, pelos motivos atrás apresentados. Com esta actuação o júri do concurso violou os princípios e regras gerais do concurso. Para além disso, o acto praticado também contraria os princípios da confiança e da justiça insertos, respectivamente nos artigos 2.º e 13.º (n.º 1) da Constituição e ainda nos artigos 5.º, 6.º e 6.º-A do Código do procedimento Administrativo.

Termino com o seguinte ditado popular: “Virou-se o feitiço contra o feiticeiro!”

Parece que afinal não fui a única prejudicada com a urgência com que foi “despachado” o concurso. O júri acabou por também ser vítima dessa urgência e acabou por, tal como eu, não ter o tempo suficiente para estudar as matérias. Esta é a versão em que prefiro acreditar, não quero e tenho-me recusado desde o início a acreditar que se tratou de uma estratégia montada para proteger e beneficiar os quatro candidatos pertencentes aos quadros de pessoal da Câmara Municipal de Tavira. Embora seja, obviamente, o que parece. E questiono-me ainda se havia tanta urgência porque é que o concurso só foi publicado em 05/11/2008, quando o aviso de abertura é de 18/09/2008? Estranho!...

Mas ainda há um outro ditado que me surge na cabeça, o de: “Não há duas sem três!”, eu já vou com duas e espero ficar por aqui. Passo a explicar: em 2001 foi concluído o procedimento de um concurso externo para admissão de Assistentes Administrativos, ao qual concorri. O júri do concurso comunicou-me que iriam dar preferência às pessoas que ainda não tinham vínculo, o que não era o meu caso. (...) Por acaso até foi o concurso através do qual foi provida a agora candidata posicionada em primeiro lugar.

Mas isso foi em 2001 e só tinha uma filha, agora tenho duas filhas e um filho e não estou na mesma disposição e além disso o concurso era externo. Então não querem lá ver que agora concorri a um interno e também não consegui... já sei - tinha que ter sido um “misto”!...

Sr. Presidente, utilizei um estilo algo informal e até um pouco de humor à mistura, mas garanto-lhe que, infelizmente, não tenho muita vontade de rir. Não queria, de forma alguma, estar a colocar o trabalho de ninguém em causa e tão pouco prejudicar terceiros. Afinal vivemos numa “aldeia” e acabamos todos por nos conhecer (mais que não seja e como se costuma dizer “de vista”) e situações destas acabam sempre por ser muito constrangedoras. Só não sei, ainda, se isso será o suficiente para permitir deixar-me prejudicar desta forma tão grosseira (há que separar o trigo do joio).

Caso venha a apresentar recurso espero que todos entendam os meus motivos. Acredito que qualquer um dos intervenientes (júri incluído), teria muito provavelmente a mesma atitude.

Caso venha a decidir-me por não recorrer, restar-me-ão as únicas consolações possíveis em todo este processo, a de poder deitar a cabeça na almofada e adormecer de consciência tranquila todas as noites e a de ter ganho bastante experiência em todo este processo. Já em relação aos restantes intervenientes não sei se poderão dizer o mesmo em relação à consciência.

Naturalmente, que não espero resposta a esta minha exposição. As questões colocadas são utilizadas apenas para reforçar as minhas ideias e convicções. Contudo, caso entendam responder-me, terei todo o gosto em conhecer o que vos oferecer dizer sobre toda esta problemática.

Com os melhores cumprimentos.

De V.Exa. Atentamente,

Noélia Maria R. F. Simão Falcão

------------------ Fim ------------------

E assim se derrubaram grandes expectativas e grandes esperanças. Foi uma experiência muito dura, custou-me bastante conviver com esta grande injustiça, mas felizmente superei e como diz o ditado "o que não nos mata torna-me mais forte", no meu caso tornou-me de facto mais forte e com mais esperança e convicção para lutar por aquilo que acho que está certo e em que acredito. "Fechou-se uma porta mas abriu-se uma janela!" Ou terá sido um grande portão?!... A esperança de um Portugal melhor, justo e com pessoas felizes? Haja esperança de que esse dia chegue depressa.


Espero que aqueles que escreviam no http://avereadoracareca.blogspot.com/, compreendam agora melhor quando lhes dizia que não era aquele o caminho, da ofensa, da falta de educação, etc. o que nos adianta isso. Nós temos que ser mais inteligentes e demonstrar por "A+B" as irregularidades, as trafulhices etc. Os factos falam por si e evidências são evidências.

Quando já não há nada a fazer resta-nos sempre uma recompensa, a da consciência tranquila e a honestidade, já quanto aos outros....

Bem sei, bem sei que consciência tranquila e honestidade não nos põem, só por si, a comida na mesa, mas ajudam muito a comermos com satisfação e a que não tenhamos indigestões, se é que me compreendem.

Mais comentários para quê?!... se "contra factos, não há argumentos". E foi isso mesmo que aconteceu, o Sr. Presidente não teve argumentos, porque não me respondeu. Quem me respondeu foi o Sr. Vereador Baracho com umas lacónicas 3 linhas para me informar do recurso que poderia interpôr. Obrigadinha Sr. Vereador, grande resposta aquela!

Passem bem e aqueles que tinham muito para dizer, aproveitem a onda, a energia positiva e tenham coragem!

Em jeito de homenagem , termino com uma frase que a minha avó dizia muitas vezes:

"Mais tenha Deus para dar do que o Diabo para levar!"...

Com os meus cumprimentos e até breve,

Noélia

domingo, 20 de setembro de 2009

"Quem semeia vento, colhe tempestade!"





Postal de Despedida...


Pretendia enviar-lhe um postal de despedida, mas o que tenho a dizer não cabe num postal, por isso deixo aqui vários postais (fotos) e o meu comentário final.

O próximo dia 11 de Outubro é dia de mudança em Portugal e, por conseguinte, é dia de mudança em Tavira e será dia de mudança em Faro.

Com a mesma intuição que senti na primeira vez, em que se candidatou à presidência da Câmara Municipal de Tavira que o Sr. iria ganhar, digo-lhe agora que a minha intuição me diz que o Sr. não vai conseguir ganhar em Faro (intuições, cada um com as suas...).

Sinto que os Farenses lhe vão mostrar, no próximo dia 11, um sinal de proibição de entrada na Presidência da Câmara Municipal de Faro.
Lamento ter que lhe dizer isto, assim como lamento que o Sr. nos vá deixar um grande problema por resolver em Tavira que incomoda muita gente.

Li que está muito indignado com o que lhe estão a fazer em Faro. Compreendo a sua indignação, assim como esperava que o Sr. tivesse compreendido a indignação e o mau estar daqueles que vivem junto ao último grande projecto que o Sr. aprovou, o que não aconteceu, porque até agora NADA de NADA, não nos foi dada qualquer garantia de que o problema vá ser solucionadao até dia 11 de Outubro. Já não acredito que até ao último dia em que o Sr. será o Presidente da Câmara Municipal de Tavira, vá dar boas notícias aos subscritores do abaixo assinado entregue nessa Câmara Municipal em 03/07/2009.

Pois é quem vier a seguir que resolva!... Muito conveniente Sr. Presidente ("quem vier atrás que feche a porta")...

É bastante curioso: para a aprovação do projecto, 24 dias úteis foram suficientes, já para resolver o problema causado a vários residentes na urbanização localizada junto ao Gran-Plaza, estamos a aguardar desde que entregámos o abaixo-assinado em 3 de Julho (há dois meses e meio) e respostas: ZERO.

Se o que lhe estão a fazer em Faro é baseado em factos do que aconteceu em Tavira, como este e muitos outros, lamento. Assim como lamento que tenha "enterrado" as expectativas de muitos de vir a ter melhor qualidade de vida quando adquiriram casa e se mudaram para esta urbanização, assim como tenha exposto estas pessoas a riscos de saúde, devido ao grande "bónus" que o Sr. nos colocou praticamente à porta. Sobre este assunto poderá encontar na Internet imensa informação sobre os malefícios do ruído na saúde. Li recentemente um na revista "Tabu" N.º156 do jornal SOL, de 4 de Setembro de 2009, com o seguinte título: "RUÍDO QUE MATA" - muito sugestivo e animador, não lhe parece?

Já tinha feito o meu balanço aos doze anos da era Macário. Quanto a este problema do ruído, tinha esperança que o mesmo ficasse resolvido e que o Sr. não fosse deixar essa herança ao Sr. que se segue. Parece que me enganei...

Também me quer parecer que os Farenses não se vão deixar enganar. Afinal, não é em Tavira que:

- Temos a factura da água mais cara (comentários de 15/07/2009), de Portugal?

- Temos uma taxa de IMI muito elevada?

- A qualidade de vida dos residentes não aumentou?

Pode o Sr. desmentir, com factos, estas evidências?

Se sim, então, porque está tão indignado? Defenda-se e prove que estão todos errados!

Caro Sr. Presidente, sempre ouvi dizer (desde pequena), que "quem semeia vento, colhe tempestade!... Parece-me que o Sr. só está a colher os frutos do que semeou nos últimos doze anos...

Mas aí está uma grande oportunidade, prove às pessoas que o que se diz não é verdade, demonstre que é uma pessoa de boa vontade, preocupado com o bem estar das populações. Se o fizer, o dia 11 de Outubro só poderá ser para si um dia de glória, se não o fizer, pois o único responsável por isso será o Sr., não serão os que, quem quer que sejam, andam a deixar mensagens nos seus cartazes. Ainda pode mandar colocar umas câmaras de vigilância nos cartazes que não têm essas mensagens, pode ser que descubra o culpado.

Sr. Presidente, lá diz o ditado que "quem não deve não teme" e acredito que os farenses saberão ser justos e fazer a escolha que consideram certa e que melhor servirá os seus e os interesses de Faro.

No dia 17 de Agosto cruzámo-nos (ver o comentário de Noélia disse de 02/09) em frente ao Hotel Faro e o Sr. disse-me para eu me animar, pois bem hoje é a minha vez de lhe transmitir esperança, anime-se Sr. Presidente e não se preocupe, prove aos farenses que o que se diz não é verdade, e o dia 11 de Outubro será seu, certamente!...

Tal como o Sr. também eu pergunto: Palavras para quê?... (clique para ler)

Exmo. Senhor,
Presidente da Câmara Municipal de Tavira
Eng.º José Macário Correia

... se os factos falam por si?!...

E pergunto também:

"Gran-Plaza", "Gan-Tormento" ou "Gran-Alívio"?

Aposto que para o Sr. foi um "Gran-Alívio" (a avaliar pelo tempo recorde em que aprovaram o projecto...). A receita arrecadada para a Câmara deve ter sido bastante interessante, não?; para os que lá vão às compras será simplesmente o Gran-Plaza e já para os que moram perto deste "monstro", Gran-Tormento parece-me a classificação certa...




São só 54 ventoinhas... (3 grupos de 18 cada)






Oiça Sr. Presidente, oiça este agradável som nos vídeos que se encontram abaixo, ou se preferir venha ouvir ao vivo, venha até à eira ao lado desta maquinaria e sente-se num dos bancos a apreciar o som e imagine-se um dia inteiro a ouvir aquela Zoeira infernal...

Não aprovo o que andam a fazer aos seus cartazes em Faro, os meios não podem justificar os fins, assim como também não aprovo a forma como foi aprovado este projecto em total desrespeito pelas pessoas, pela sua qualidade de vida e saúde que o Sr., na sua qualidade de Presidente da Câmara, tinha e tem a obrigação de preservar.
As pessoas que vivem do outro lado da estrada tinham as suas casas ao nível da estrada. Agora ficaram com a estrada bastante mais abaixo. Têm rampas ou escadas para irem para casa, pessoas com idade já avançada, com problemas de saúde em pelo menos 2 ou 3 das casas e com dificuldades de locomoção (enorme melhoria da qualidade de vida...). A Senhora com quem falei hoje, disse-me que teve que ir à Câmara reclamar, caso contrário nem as escadas teria ainda. Antes viviam numa zona muito tranquila e agora passam-lhes imensos carros, caravanas e camiões à porta. Mais ruído, mais pó, menos tranquilidade e bastante menos qualidade de vida.

Sr. Presidente,

Tanta gente descontente! O Sr. não se sente incomodado com esta situação?

Os meus cumprimentos e votos de boa sorte (para si e para nós principalmente que somos a "arraia miúda" que tem que se sujeitar às decisões dos que têm poder, mas que não têm que se calar).

Noélia Falcão







Quero deixar aqui um último desafio, realizem a última reunião da Assembleia Municipal na eira que se localiza ao lado desta central, ao som deste "maravilhoso" ruído com que o Sr. Presidente nos presenteou.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sugestão de leitura

A revolta dos mais pequenos

Para consultar clique no link abaixo:

http://mmsalgarve.blogspot.com/


Cumprimentos,
Noélia

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Ilha de Tavira

Já falei bastante sobre a ilha de Tavira, e a distinção feita pela Lonely Planet a este nosso paraíso quase perdido não me deixa absolutamente nada entusiasmada, o que é de lamentar! Porquê? É simples:

- A ilha é cada vez mais um espaço de muita confusão, ruído e falta de respeito. Aquele amplo espaço de todos e para todos é cada vez mais só de alguns e de algumas coisas.

- Não sei em que altura é que o pessoal da Lonely Planet visitou a ilha de Tavira e quais foram os critérios utilizados. Atrevo-me a dizer que duvido que tenha sido em pleno mês de Agosto e também duvido que tenham trazido crianças, assim como também não me parece que tenham pernoitado no parque de campismo, porque se isso tivesse acontecido, duvido que estivéssemos a discutir esta notícia porque ela não existiria, certamente.

- Poderemos e deveremos separar a praia da ilha de Tavira da ilha de Tavira? Não me parece, trata-se de um todo, de um complexo que não se divide – a praia localiza-se na ilha e contra isso nada a fazer.

E o que é que se passa na ilha de Tavira?

Tudo e nada! Tudo em termos da falta de respeito por aquele espaço e por aqueles que o frequentam e nada para contrariar esta situação.

Tenho muitas saudades da nossa ilha e da nossa praia. Um espaço alegre, divertido, descontraído e colorido. E agora o que temos?

1 - Onde está o colorido dos chapéus de sol e dos toldos que quebravam a monotonia da paisagem?
2 - Que foi feito do silêncio e da tranquilidade?
3 - Que foi feito do tractor que limpava a areia e que deixou de ser visto?
4 - Que foi feito do bom gosto e da excelente música ambiente que se ouvia no “Xiringuito” do ex-concessionário?
5 - Que foi feito dos funcionários da Câmara Municipal que inspeccionavam as passadeiras, as alinhavam e as substituíam quando estavam em mau estado?
6 - Que foi feito dos funcionários da Câmara Municipal que varriam as passadeiras pela manhã sem incomodar ninguém?
7 - Que foi feito da larga passadeira que ligava o cais à praia?
8 – Que foi feito dos Tavirenses e das famílias Tavirenses que montavam a sua tenda no primeiro dia em que o parque de campismo abria e as retiravam no último dia da época? O que foi feito da “Rua do Ouro” do parque de campismo, recordam-se? Que castiça e alegre era a “Rua do Ouro”!

Tanta coisa boa que acabou e das quais tenho saudades! E quem viveu e conheceu esta época, não tem? Em adolescente trabalhei durante um Verão na recepção do Parque de campismo ao abrigo do Programa OTL e que divertido era o parque de campismo e a ilha nessa altura.

9 – Num local onde há cada vez mais gente e possibilidade de confusão e conflitos, que foi feito dos agentes da GNR que patrulhavam a ilha no Verão e garantiam a segurança dos cidadãos?

10 – Que foi feito dos carrinhos silenciosos que os donos dos restaurantes utilizavam para transportar os produtos entre o cais e os restaurantes?

Parece-me que já fiz todas as perguntas mais pertinentes, ah falta uma: será que o aumento da carga humana na ilha de Tavira trouxe em igual proporção aumento da qualidade de vida e dos lucros dos proprietários dos restaurantes?

Se o pessoal da Lonely Planet tivesse conhecido a ilha de Tavira há alguns anos, duvido que a tivessem incluído agora nas 10 melhores praias do mundo. A quantidade aumentou, mas a qualidade diminuiu e isso deixa-me profundamente triste.

E agora vamos às respostas a algumas das perguntas que fiz:

1- Foram substituídos por chapéus de sol todos iguais e iguais ao que já existiam na área concessionada a poente. Mas que grande originalidade!...

2 – Foram substituídos por RUÍDO, muito RUÍDO. Num destes dias quase ao final da tarde, nem queria acreditar no que os meus ouvidos registaram. Antes havia só um bar na praia com música ambiente num volume aceitável, agora existem dois bares e cada um coloca a música o mais alto que pode, para ficar mais alto do que a do vizinho do lado. Verdadeiramente escandaloso, para além de que a música apropriada para passar só em discotecas e locais fechados e não em praias, onde as pessoas vão para descansar, relaxar, conversar, ler, etc., deixou-me literalmente almareada, com arritmia, indisposta e com dor de cabeça. É esta a praia aconselhada para as crianças com todo aquele ruído ensurdecedor? Gostaria de ver o que diria o pessoal da Lonely Planet!... Muito provavelmente colocavam esta praia na lista de praias a não frequentar com crianças. Pensando bem, acho que os devia alertar para esta situação, para que eles venham cá verificar “in loco” o erro que cometeram e vejam no que se transformou a ilha. Também não consigo perceber porque é que a Câmara autoriza e licencia tais atrocidades.

5- No outro dia pouco faltou para me magoar bastante num ferro que saía de uma passadeira e no qual ainda tropecei magoando-me um pouco no pé. No final da primeira passadeira colocaram agora um passadiço de madeira que estava com uma tábua solta, na qual alguém deve ter tropeçado porque a retirou e colocou ao lado, deixando a descoberto os dois parafusos traiçoeiros e perigosos onde alguém poderia espetar o pé. Nunca vi as passadeiras em tão mau estado de conservação, muito também por causa dos tractores que lhes passam por cima e as vão partindo, colocando os veraneantes expostos ao perigo de se poderem magoar gravemente. Estes funcionários da Câmara, que creio eram os mesmos que varriam as passadeiras fazem muita falta! Se bem que nessa altura não havia tractores a passar por cima das passadeiras que duravam bastante mais tempo.

6 – Foram substituídos pelos funcionários da Tavira-Verde, que agora em vez de utilizarem a vassoura utilizam um aparelho altamente ruidoso, para soprar a passadeira. E uma pessoa lá acorda, quer queira, que não queira, pouco depois das 08:00 que é quando eles começam a soprar e nós a soprar ficamos de irritação porque acordámos de forma violenta, sem opção de podermos dormir e descansar mais um pouco. Viva a tecnologia!...

7 – Foi estrangulada, os restaurantes avançaram até à passadeira e colocaram esplanadas no outro lado da passadeira, e ainda colocam as vitrinas expositoras com o peixe, chapéus de sol e toldos para fazer sombra às ditas e mais os “catrapázios” das ementas e nós lá vamos aos encontrões uns com os outros para nos desviarmos daquela parafernália toda. Excelente, não é? Para além de que é uma situação que respeita aqueles que utilizam a passadeira para chegarem á paria, no fundo a 125 lá do sítio.

8 – Foram “empurrados”, não davam lucro, eram residentes em Tavira e como tal tinham desconto sobre o preço de tabela. O espaço fazia falta para outras coisas, para ser rentabilizado, sim porque isso da qualidade de vida das populações residentes não interessa para nada! À “Agetav” interesa é o lucro, e aquele espaço não estava a ser bem rentabilizado. Para além disso, quanto menos Tavirenses melhor, queremos é os que vêem de fora, porque a esses não temos que fazer descontos!... Estarei a exagerar?????!!!!!.......

10 – Foram substituídos por tractores muito ruidosos, que andam por todo o lado a qualquer hora, sem horários definidos e sem respeitarem o trilho indicado para o efeito e que é, ao que sei, por detrás do parque de campismo. Naturalmente que estes veículos vieram facilitar em muito a vida dos proprietários dos restaurante, mas não abusem! Infelizmente não é o que se verifica, muitas vezes ouvem-se estes veículos de madrugada, sem qualquer respeito por quem está a descansar. E ninguém diz nada, ninguém se importa. “Laissez faire, laissez passer...” Salve-se quem puder, isto agora vale tudo!

Acham, que de facto, a distinção feita pela Lonely Planet, traduz o que se vive, actualmente, na ilha de Tavira? Corresponde de facto ao que na prática deveria acontecer? Quantas vezes é que eses senhores cá vieram fazer a avaliação, esta distinção representa uma estadia de quanto tempo e em que altura na ilha? Tanta dúvida! Mas que mau feitio o meu!...

Cumprimentos e reflictam sobre o que disse.

Noélia