sexta-feira, 7 de agosto de 2009

À "laia" de Balanço, a Marina e outras reflexões

Caros leitores,

No seguimento do meu comentário de 5 de Agosto, às 13:39, no blogue: http://avereadoracareca.blogspot.com, pergunto:

Qual é o balanço que podemos fazer dos três mandatos do Eng.º Macário Correia à frente dos destinos de Tavira?
Espero que não se assustem, mas de acordo com as estatísticas do Word, seguem-se: 7 páginas, 340 linhas, 66 parágrafos, 3532 palavras e 21.393 caracteres (incluindo espaços), que vos convido a ler.

O Balanço que faço destes anos é POSITIVO, naturalmente!


Destaco:


- A construção do novo mercado Municipal;


- A recuperação da antiga praça para um local de comércio e de convívio no centro de Tavira;


- O empenho e intervenção na resolução do problema do Arraial Ferreira Neto e da sua adaptação a empreendimento turístico;


- A intervenção para resolução do problema referente à abertura do Hotel da Porta Nova que estava há não sei quantos anos para abrir com obra por terminar;


- A criação do espaço de lazer nos Moinhos da Rocha;


- A criação da Escola Fixa de Trânsito de Tavira;

- A construção das rotundas da "Morjona" (junto ao cemitério), da "Vela", da "Nora"(junto à passagem de nível da Porta Nova), a da "Nora Velha", e a do Eurotel.

- A criação do Jardim da Água, recentemente inaugurado, na Porta Nova localizado junto a dois Infantários (deveriam era ter colocado árvores maiores para haver sombras, está muito árido, mas é bonito, interessante e pedagógico);

- A transformação da praça da República num espaço sem trânsito, amplo, destinado a espectáculos e a convívio;

- A renovação e colocação de sinalética em todo o concelho, não há lugarejo na serra que não tenha uma placa com o nome (muito bem!);

- A requalificação das margens do rio, na zona da Bela Fria e na Rua Borda d'Água da Assêca;

- A requalificação do Alto de S'antana e da Capela de Santa Ana ;

- A requalificação do Palácio da Galeria e da Casa André Pilarte;

- A construção de novos parques de estacionamento junto ao mercado municipal e os da zona da Bela Fria;

- A requalificação e conversão do antigo Convento e Quartel da Graça em Pousada da rede "Pousadas de Portugal;

- A colocação de novo mobiliário urbano (contentores de lixo, papeleiras bancos);


- A requalificação da marginal de Santa Luzia;

- A aprovação da abertura de um grande centro comercial em Tavira, cuja inauguração teve lugar no passado dia 4 de Junho.


Correndo o risco de ter falhado a enumeração de alguma obra importante, passo agora a enumerar, a destacar o lado negativo ou se preferirem o lado menos positivo: sim, porque "não há bela sem senão!"...

Antes de mais quero dizer que lamento profundamente que o Sr. Presidente, não tenha estado sempre e em tudo no seu melhor, o meu balanço sobre estes seus doze anos como Presidente da Câmara seria, certamente “Bom com Distinção”, mas não sei o que é que se passou e o facto é que (e desculpem-me mas vou utilizar uma expressão muito engraçada de uma Telenovela que vou seguindo), as “lamparinas do seu cérebro” apagaram-se em momentos cruciais, a saber:

- Quando aprovou o projecto do centro Comercial “Tavira Gran-Plaza”, com a central de ar condicionado junto às moradias, interferindo negativamente na saúde e bem estar dos que lá residem; com a varanda virada para cima das moradias, retirando toda a privacidade aos que lá residem; o projecto em forma de caixote gigante, completamente desenquadrado das características arquitectónicas da cidade. Com este projecto, a localização deveria ter sido outra e para ficar localizado onde está, o projecto deveria ser mais arejado, mais airoso e enquadrado dentro das características arquitectónicas da cidade (e não me alongarei mais, porque sobre este assunto já escrevi bastante em comentários anteriores noutros blogues);

- Quando permitiu que se transformasse as Cabanas e a Conceição naquele estaleiro de betão, irreconhecível, horroroso, sufocante, que me oprime e entristece e já nem lá vou (um autêntico atentado urbanístico);

- Quando permitiu a destruição de quase todas as colinas de Tavira. Deixámos de ter paisagem natural para passarmos a ter “Betão Armado”;



- Quando permitiu o licenciamento de esplanadas ocupando praticamente todo o passeio, o que dificulta e por vezes impossibilita os peões de passarem, já para não falar das pessoas com carrinhos de bebé e que se deslocam em cadeira de rodas;


- Quando aprovou a criação da Empresa Municipal “Tavira Verde”, que levou a que os Tavirenses que já pagavam pela água um preço elevado, passassem a ter imensas taxas agregadas ao consumo de água (e sobre este assunto também já me pronunciei, é só ir consultar nos blogues cá da terra:

http://bocanotrombone-tavirices2009.blogspot.com/
http://tavirasegueemfrente.blogspot.com/

http://avreadoracareca.blogspot.com/

- Quando permitiu a realização de um evento, sob a capa de evento desportivo, que de desporto apenas parece ter o nome e pouco mais, que decorre na ilha de Tavira desde 2005.

O que decorreu na ilha de Tavira entre os dias 4 e 7 de Abril de 2007, foi bem demonstrativo do completo desrespeito pela natureza, e por todos aqueles que contavam passar uns dias aprazíveis e de merecido descanso naquele local.
Sob a capa de um evento desportivo, como já referi, destinado a estudantes de desporto e para 3.000 participantes, estiveram na ilha para cima de 5.000, de acordo com o n.º inscrito numa das pulseiras utilizadas por um dos participantes e à noite o desporto foi de festas mais conhecidas por “Raves”, com muito álcool e sabe-se lá que mais à mistura.

Em 2005, decidimos ir à ilha passar uns dias na Páscoa. Infelizmente, coincidiu com o evento desportivo do “Projecto Abóbora”. O ruído era ensurdecedor, parece que tínhamos as colunas dentro de casa, as paredes até pareciam estremecer. Dirigi-me à recepção por duas ou três vezes a pedir para baixarem o som porque estava muito alto e tinha uma criança com quatro anos e um bebé com 6 meses em casa e estávamos a tentar dormir. Não será necessário referir que foi uma noite de autêntico pesadelo que nos deixou com os nervos em franja. Soubemos, posteriormente, que houve imensas queixas provenientes do Hotel “Albacora”, de Santa Luzia e de Cabanas, tal era o nível do ruído. Telefonámos para a GNR que nos informou não poder fazer nada porque o evento estava devidamente autorizado. Perguntámos se essa autorização implicava que se fizesse todo aquele ruído e no meio disso onde é que se encaixava a Lei do Ruído? Por outro lado pergunto como é que é possível a empresa a quem foi concessionada a exploração do Parque de Campismo a “AGETAV” através (ao que sei) de um concurso público, poder agora sub-concessionar ou arrendar aquele espaço que é da sua responsabilidade a uma qualquer empresa durante quatro ou cinco dias, durante os quais não se encontra lá qualquer responsável desta empresa (a Agetav)? Esta situação é legal? E durante esse período não se mantém em vigor o Regulamento Interno do Parque de Campismo, ou será que fica suspenso? A meu ver é tudo, no mínimo, muito estranho e duvidoso.


Nos dois anos seguintes (2006 e 2007) e já tendo vivido aquela terrível experiência não fomos para a ilha, embora não fosse essa a nossa vontade, mas não tivemos opção e ficámos na cidade, só tendo lá ido no domingo de Páscoa, com o evento já terminado. Mas, quem se deslocou à ilha de Tavira foi recebido com um lindo postal de “Boas Vindas”. Logo à entrada quem saída do barco deparava-se com um espectáculo verdadeiramente degradante, de lixo espalhado pelo chão e a transbordar dos contentores de lixo, isto para não falar do cheiro nauseabundo a “mictório” público. Mas que lindo cenário Pascal e Primaveril! O Senhor Presidente é que lá devia ter ido, para ver com os próprios olhos! Afinal é uma pessoa tão dedicada, empenhada e preocupada com todos os assuntos da sua edilidade e do ambiente, em geral, que acredito que se sentiria, igualmente, bastante incomodado com aquela situação. Pergunto: nós fomos obrigados a optar por ficar na nossa casa em Tavira, para fugir àquele inferno de ruído e confusão e quanto às espécies que têm na ilha de Tavira e nos pinheiros do parque de campismo o seu Habitat Natural? É caso para dizer que o desporto afinal já não é o que era!...

No ano passado (Verão de 2008), foi ouvirmos o Sr. Presidente, Eng.º Macário Correia a dar entrevistas na televisão, muito revoltado com os distúrbios na ilha de Tavira (e faz ele muito bem em defender a “sua” terra e a ordem), o que não deixa de ser anedótico e hilariante, afinal ele esquece-se de um dado importantíssimo, foi ele que promoveu essa situação, autorizando estes eventos “Desportivos” na Ilha de Tavira.
Quanto a esses pseudo eventos internacionais de desporto, creio que está na altura de procurarem outro local para realizarem as suas “Raves”, que é como quem diz espero que para o ano não seja autorizado pelas entidades competentes a realização na ilha de Tavira deste evento que decorre desde 2005 organizado pelo “Projecto Abóbora”, num profundo e completo desrespeito pela natureza, e pelos restantes visitantes que se deslocam à ilha nesta altura, e para com aqueles que gostariam de se deslocar, mas que já nem se deslocam para não se sentirem incomodados. Se como dizem mais de 60% dos participantes eram espanhóis,fora os que não entraram na estatística, então porque não passarem a realizar este evento internacional na nossa vizinha Espanha? Porque lá, muito provavelmente, não permitem estes abusos. Aliás, tivemos há não muito tempo um (mau e infeliz) exemplo através de um notícia divulgada em todas as televisões , da expulsão de estudantes Portugueses que se encontravam em Espanha numa viagem de finalistas (e o que fizeram por lá parece-me que ficou bem distante, do que se faz por cá).
Devo acrescentar que esta é uma questão que ultrapassa em muito o meu incómodo pessoal porque eu posso, felizmente, reclamar junto das entidades competentes, o mesmo já não acontece com as espécies que têm na ilha de Tavira o seu habitat natural e que deveriam, supostamente, ser protegidas pelas entidades competentes, de acordo com o previsto na Lei.

Acredito não ser necessário, mas relembro que viver em Liberdade e democracia não é desrespeitar a natureza, a Lei, as normas de civismo e conduta social, os nossos semelhantes, um espaço que é de todos e para todos, viver no pressuposto do “agora vale tudo” etc., antes pelo contrário, é precisamente a garantia de que tudo isso não se verifique.

- Quando permitiu que se verificassem tantas ilegalidades e “trafulhices” nos concursos para admissão de pessoal, pelo menos é o que se fala. Provas, provas só tenho uma a de um concurso em que eu própria concorri. Até escrevi, sobre isso, uma carta ao Sr. Presidente com algumas oito páginas e que esperava que ele tivesse tido a dignidade de responder, mas, infelizmente não tive essa sorte. Mandou que me respondessem, com umas lacónicas 4 ou 5 linhas. Mas sabem, neste caso, e embora tenha sido desrespeitada a lei, embora eu tenha passado um mau bocado, agora olhando para trás, parece-me que tenho que lhe agradecer! Ironia das ironias, não concordam? Se não tivessem subestimado de uma maneira tão grosseira a minha inteligência, hoje certamente não estaria aqui a dizer todas estas coisas. Lá diz o ditado e com razão que “O que não me mata, torna-me mais forte!” No meu caso, melhor aplicação era impossível...

Como podem constatar sou uma Tavirense atenta ao que se tem passado na minha terra.

O meu balanço é positivo (mal fora se ao fim de doze anos fosse negativo, para um Presidente com tantos predicados), mas atendendo aos aspectos negativos que registei, não posso atribuir mais do que 13 (treze) valores, qualificação de suficiente.

O Eng.º Macário Correia deu, de facto, outro protagonismo a Tavira, a cidade está irreconhecível, promoveu um turismo massificado, quando Tavira é uma cidade que deverá apostar num turismo de qualidade, que ele com a sua política afastou muita gente que deixou de vir para esta que era uma cidade de referência em termos de pacatez. Descaracterizou a ilha de Tavira, outrora uma ilha muito procurada por famílias para passarem as suas férias num parque de campismo agradável. Porque é que as pessoas de Tavira vão cada vez menos à sua ilha? Será que tanto crescimento trouxe mais desenvolvimento a Tavira? Porque importa distinguir crescimento de desenvolvimento. Em Tavira há um ditado muito antigo que diz: "Tavira sempre foi má mãe e boa madrasta!" O Eng.º Macário Correia conseguiu, na minha opinião, promover ainda mais essa máxima. Digo isto porque não sinto assim tanta felicidade nos Tavirenses, acho que houve crescimento excessivo do betão. Por isso não posso deixar de sentir alguma apreensão em relação ao candidato do “Tavira segue em frente”. Tavira não pode continuar a seguir em frente sob o risco de poder vir a cair no abismo. Tavira tem que parar, tem que colocar um travão ao avanço do betão, reflectir e decidir por qual dos caminhos quer seguir.

Entre 1989 e 1992, durante três anos lectivos, frequentei (com aproveitamento) na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve o curso de Técnicos de Empresas e Actividades Turísticas. Ensinaram-nos, ou melhor alertaram-nos, entre muitas outras coisas para a importância de respeitar, valorizar e preservar o nosso património cultural, ambiental e monumental. Maus exemplos como Praia da Rocha, Armação de Pêra, Albufeira, Quarteira, eram-nos apontados como grandes erros cometidos no Turismo Algarvio. Exemplos como o Sotavento Algarvio eram apontados como o que se deve manter e promover. Criando naturalmente mais infra-estruturas, mas sem voltar a repetir os erros já cometidos no Barlavento. O Sotavento constituía a esperança de se vir a conseguir ter uma alternativa turística de qualidade, para o tipo de turista que não gosta de massificações, de betão, que procura a calma e o sossego para as suas férias e para descansar. Tavira estava visivelmente nessa rota e agora, que presente e melhor: que futuro se pretende para a nossa “Veneza Algarvia”? E, como refere o Jornal Público, para o nosso paraíso – a ilha de Tavira?


Antes de terminar, quero rectificar a classificação atribuída ao Sr. Presidente. Reflecti melhor sobre o assunto e tendo em conta que ele é em grande parte responsável por este meu “despertar”, e pessoas com este tipo de atitude fazem falta na sociedade, decidi atribuir-lhe mais um valor, digamos que vou considerar como um exame de melhoria de classificação. A média sobe assim para 14 (catorze) valores, qualificação de “Bom”.



Transcrição da notícia do Jornal “Público”:

Ilha de Tavira ocupada por três mil jovens desportistas durante três dias 08.04.2007, Idálio Revez O Internacional Sports Meeting juntou jovens a praticar 35 desportos em 72 horas.Apanhar sol e beber copos foram outras modalidades que também tiveram muitos adeptosO que podem fazer três mil jovens, durante três dias, numa ilha só para eles? Comunhão com a natureza e desporto, poderia ser a resposta. Porém, o Internacional Sports Meeting, que ontem terminou na ilha de Tavira, prometia 72 horas ininterruptas, e para alguns participantes foi mesmo um teste de resistência. E não apenas à prática desportiva.Na hora do regresso a casa, o cansaço físico, aparentemente, não pesava nos olhares, que brilhavam mesmo com o sono a puxar as pálpebras para baixo. No fim ficou promessa de que para ano a "festa ainda vai ser mais rija, e com mais gente". Vieram de 18 países, como a Letónia e a Venezuela, a França e a Inglaterra, mas foram as vozes dos espanhóis que mais se fizeram ouvir. Ontem, desarmada a tenda, ficaram as recordações e as trocas de mensagens. Questionados sobre o que mais gostaram nestes dias no paraíso algarvio, a resposta foi quase invariável: "O convívio, a festa".O acontecimento foi um êxito também para a organização, que, por falta de capacidade, teve de fechar as inscrições um mês e meio antes da realização do encontro. "Tinhamos que garantir a segurança", diz Tiago Pereira, sócio do Projecto Abóbora - a empresa que organiza este evento, que começou por ser um encontro nacional de estudantes da área das Ciências do Desporto e Educação, tendo evoluído para uma estrutura profissionalizada.Santi, licenciado em Engenharia Industrial, e Miguel, estudante de Telecomunicações, na hora da partida para a Galiza, não se cansavam de repetir: "Foi muito, muito bom. Conhecemos muita gente". E desporto, praticaram? "Bebemos e passeámos". Miguel confessou que se inscreveu em voleibol, mas quando chegou a hora da prova, tomou outra opção: "Fiquei sentado na praia, a apanhar sol". Sobre a organização do evento, Santi queixou-se da demora de entrada no parque de campismo. "O controlo provocou filas de espera enormes". Por último, um lamento: "Não nos deixaram entrar com garrafas de bebida para dentro do parque". Tiago, estudante de Informática, de Leiria, revela uma forma de contornar a dificuldade: "Metia-se a bebida numa garrafa de plástico, e o whisky até passava por ser chá".Carlos Ervilha, da equipa de colaboradores do Internacional Sports Meeting, reconhece falhas: "Há coisas que têm de ser melhoradas - na praia, os campos estavam muito em cima uns dos outros, por vezes houve uma certa confusão". O papel que lhe coube foi de monitor nas modalidades de Orientação e Insufláveis. Para os verdadeiros atletas, havia 35 desportos, a disputar, ao ritmo de 72 horas non stop. "A ideia do non stop, a bem dizer", explica Nuno Oliveira, do Projecto Abóbora, "tem a ver com o permanente espírito desportista, que se procurou imprimir ao evento". À noite, naturalmente, o desporto teve outras variáveis, que podiam passar por ouvir música, ou pelas massagens terapêuticas, ou "beber um copo". Embora não houvesse competição, no sentido clássico do termo, os prémios, ainda que "simbólicos", fizeram despertar a adrenalina. Carlos Ervilha ironiza: "Ninguém gosta de perder, nem a ervilhas".Os espanhóis representaram cerca de 60 por cento do número de inscritos, mas, quando se juntavam em grupo, parecia que o castelhano era o único idioma da ilha. Rute fez parte de um grupo de 26 jovens da Galiza, acabando por conhecer colegas de Andaluzia, Granada e Madrid. Na hora do adeus a Tavira, desabafou: "Não sei se posso cá voltar para o ano, o meeting coincide com o finalizar do curso". Porém, acrescentou: "Não vou esquecer esta ilha "encantada"". E no seu caso, garante: "Eu pratiquei desporto". Notícia publicada no Jornal “Público” de Domingo 08/04/2007


E agora sobre a Marina e outras reflexões:

Relativamente à Marina, andam por aí a tentar fazer passar a ideia de que o actual Presidente da Câmara o Sr. Eng.º Macário Correia não conseguiu fazer aprovar o projecto da Marina. Não conseguiu deixar essa obra na sua extensa lista (de quase doze anos) de obra feita porque o PS não deixou. Acreditam nisso, acham que foi realmente esse o motivo? Eu não acredito pelo simples motivo de que o Presidente da Câmara é uma pessoa muito competente e persistente, ele conseguiu (por exemplo) fazer com que alterassem a designação de “industrial” para “comercial” para aprovar o projecto do Centro Comercial, onde se ergue agora o “Tavira Gran-Plaza” e não ia, se quisesse, conseguir fazer aprovar o projecto da Marina? Parece-me muito pouco provável e acho que é estar a subestimar a capacidade de trabalho e a inteligência deste Senhor, que afirmou de si próprio, na sua declaração política para as eleições autárquicas para a Câmara Municipal de Faro o seguinte:

“Tenho a experiência e a determinação conhecidas. Não sou hesitante, não adio decisões. Sei trabalhar em frente, em diálogo com todos, da madrugada à noite seguinte.”
“Sei que uma coisa é falar, a outra é decidir e fazer. Eu já provei que sei fazer as duas e com determinação.”
“Estou aqui para trabalhar. Sei trabalhar com um ritmo que é conhecido, noite e dia. Por norma, sou o 1.º a entrar e o ultimo a sair. Faro precisa de decisões rápidas, motivação, uma estratégia clara e muito, mesmo muito trabalho.”

E, o que dizer então da apresentação resumida do candidato na lista à Câmara Municipal (que se transcreve abaixo)?
“Nesta altura seria fastidioso enumerarmos todas as funções, actual e anteriormente desempenhadas, pelo Eng.º Macário Correia. Dir-se-á apenas que se trata de um Eng.º Agrónomo licenciado em 1982 e que obteve mestrado em Montpellier em Economia Rural. Na Câmara de Tavira desde 1998, é também administrador da ALGAR SA, presidente do Conselho de Administração da Agência Regional de Desenvolvimento do Algarve, preside à mesa da Assembleia Geral da Globalgarve, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sotavento e da Federação de Bombeiros do Algarve. É ainda membro da Comissão de Cooperação Euromediterrânica e do Comité das Regiões da União Europeia. Do muito serviço público que já fez, destaco a vereação na Câmara de Lisboa, entre 1993-1997; a secretaria de Estado do Ambiente e dos Recursos Naturais (87-90) e, depois, a do Ambiente e Defesa do Consumidor (90-91). Aposta agora num ambicioso desafio, que passa por devolver à Cidade de Faro algum dos prestígio e grandeza perdidos nos últimos anos.”
(A versão integral da declaração política poderá ser consultada em: http://www.macario-faro.com)

Acreditam realmente que um homem com este perfil, com esta determinação, com este poder de decisão, com esta motivação e capacidade de trabalho, com um curriculum destes não teria conseguido fazer aprovar o projecto da Marina se quisesse? Não me façam rir!... Desculpem, mas ou ele só começou a ser assim agora desde que decidiu candidatar-se à Câmara de Faro, ou o que dizem não tem qualquer fundamento. Em que ficamos, afinal? Duvido que alguma vez o Eng.º Macário Correia tenha feito tal afirmação!... O homem que chegou a Tavira e começou a tirar os projectos da gaveta que já quase tinham bolor e a colocá-los de pé, como o mercado Municipal e o Hotel “Albacora”, antigo Arraial Ferreira Neto, que estava ao abandono, a saque e servia de abrigo a toxicodependentes? Não estamos certamente a falar da mesma pessoa!..


Outros blogues que sigo:
http://almareado.blogspot.com/
http://taviranoxxi.blogspot.com/

Cumprimentos e até breve com mais reflexões e outras surpresas!

Noélia Falcão


Nota: Ao reler o texto fiz algumas pequenas alterações que, certamente, alteraram a estatística apresentada no início do texto.


Não posso deixar de recomendar uma visita a um "sítio" muito interessante que descobri hoje:

http://www.viva-tavira.com


e digo mais:

VIVA A NOSSA TAVIRA!

"Sou o concelho, sou a cidade,
já tenho idade para ser velho,
mas mocidade, renasce em mim,
numa saudade, numa saudade sem fim!
Além nas ondas do mar
onde molham as estrelas,
Minha barca é um altar
meu coração a rezar
também vai junto com elas.

Sou o concelho, sou a cidade,
já tenho idade (...)"


(não me recordo da letra toda, já lã vão muitos anos, e também não sei quem é o autor, desculpem! Mas deve haver por aí muita gente que se deve recordar...).




quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A Mensagem do MMS

ASSUNTO: AUTÁRQUICAS 2009

Transcrevo abaixo para vos dar conhecimento, o texto da mensagem recebida, via e-mail, do MMS em finais de Junho:


"Caros Militantes e Simpatizantes do Movimento Mérito e Sociedade,

Aproxima-se rapidamente mais um período de grandes decisões no nosso país, com a realização de eleições legislativas e autárquicas às quais o MMS conta concorrer.

Sendo o poder autárquico um dos mais nobres exercícios de cidadania, quer pela sua proximidade dos cidadãos, quer pela real possibilidade de aplicar o nosso sentido ético ao serviço de caras e nomes que vemos diariamente, o MMS pretende dar voz a projectos e pessoas de valor para estes órgãos de soberania.

Assim, caso pretenda ou esteja disponível para integrar uma lista à sua freguesia ou município, ou queira participar de forma ainda mais activa apresentando um projecto próprio seguindo os ideais defendidos pelo MMS, não hesite em nos contactar para saber mais informações.

Aconselhamos no entanto, à maior brevidade possível neste eventual contacto devido aos constrangimentos do calendário oficial eleitoral, que exige alguma antecedência na apresentação das listas concorrentes.

Poderá contactar-nos com as suas questões para o mail autarquicas2009@mudarportugal.pt ou para o telemóvel 96 983 30 66 (João Martins).

Não deixe passar esta excelente oportunidade de trabalhar verdadeiramente em prol da sua comunidade, levando o mérito e a responsabilidade a uma população cada vez mais descrente no cenário político.

Com votos de bom trabalho,

Atentamente,

João Martins
MMS - Autárquicas 2009"



Assessoria MMS
MMS: Civismo, Justiça e Prosperidade

info@mudarportugal.pt

Rua Castilho nº5 1ª S/Loja
1250-066 Lisboa
Tel: 309809968/70

www.mudarportugal.pt

domingo, 2 de agosto de 2009

A (grande) Decisão


No passado dia 21 de Julho comemorei várias coisas, entre elas o dia em que prestei provas no concurso que me levou ao meu actual trabalho. Foi, portanto, um dia feliz e que correu bem. O resultado do concurso foi para mim um honroso 1.º lugar.

As minhas colegas da altura (na Segurança Social em Faro), estavam, no dia em que foram publicados os resultados no Diário da República, numa grande comemoração após o período de almoço e quando entrei fizeram uma grande festa, Noélia: Parabéns, ficaste em primeiro lugar! A algazarra era tanta que quase não percebi, mas depois lá me deram a novidade mais calmamente. Elas estavam muito felizes e orgulhosas, afinal a colega delas tinha ficado em primeiro lugar, e eu nem queria acreditar!... Inicialmente pensei que estavam na brincadeira! Fiquei, naturalmente, muito feliz! Foi muito gratificante, e mais gratificante foi, porque há pouco tempo tinha havido um concurso na Segurança Social, no qual não consegui colocação.... foi como se costuma dizer: “fechou-se uma porta, mas abriu-se uma janela!”, mas isso é o que diz o ditado, porque na realidade o que senti foi é que se tinha fechado uma porta mas aberto um grande portão!

Na altura até lhes disse: Ah, claro, eu estava em grande vantagem relativamente aos outros candidatos, por isso é que consegui aquele resultado!... E, já devem estar para aí a pensar nas cunhas, não é verdade?


Eu estava, de facto, em vantagem, mas desenganem-se, não era nenhuma cunha!... Eu estava era com o dobro dos neurónios a funcionar em relação aos outros candidatos, e não tem nada a ver com mais ou menos inteligência! Isso mesmo acertaram: eu estava “gravidíssima” da minha filha mais velha, a uns escassos 22 dias dela nascer. Claro a minha massa cinzenta, mais a dela, o resultado só poderia ter sido aquele!...

Mas, brincadeiras à parte, no passado dia 21, e porque este número tem uma influência bastante positiva na minha vida, tomei uma decisão muito importante: resolvi dizer SIM a um desafio interessante que me bateu à porta, para o qual resolvi abri-la e convidá-lo a entrar (ao desafio, claro!).

Nesse mesmo dia 21 fez, também, 16 meses que fui mãe pela 3.ª vez, um grande dia esse: 21 de Março de 2008 (sexta-feira Santa), o dia que eu escolhi e que gostava e esperava que o meu filho nascesse! E nasceu, de parto normal, sem ser provocado às 38 semanas, no dia e hora que ele também escolheu! Esse dia lindo em que começa a Primavera!


E porque é que partilho todas estas coisas de cariz tão pessoal convosco? Para vos transmitir confiança e esperança de que vale a pena acreditarmos, desejarmos e lutarmos por aquilo que gostaríamos que acontecesse.

Neste momento o que gostava que acontecesse era que passássemos a viver numa sociedade mais justa, que promova a igualdade de oportunidades entre as pessoas, uma sociedade em que deixem de se usar “chavões”, em que se fazem lindas promessas durante as campanhas eleitorais e depois nada de nada e continua tudo na mesma, uma sociedade em que se valorizem as pessoas, a qualidade de vida e o bem estar das populações. Uma sociedade em que se volte a ter confiança na democracia, em que se promova a educação, a cultura, a exigência, os valores de: justiça, carácter, mérito, honestidade, honra, respeito pelo próximo, pelo ambiente, pela património arquitectónico, uma sociedade em que banem as cunhas, os favorecimentos pessoais, o compadrio, etc., uma sociedade em que se criem condições que permitam aos Portugueses ter os filhos que realmente gostariam de ter. De acordo com uma informação divulgada pela Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (que ouvi na rádio na 5.ª ou 6.ª feira), os Portugueses gostariam de ter em média 3 filhos, mas as condições só permitem que tenham 1,33. Da minha parte gostaria, na realidade de ter 4 ou 5 (como as minhas avós), mas isso é o número irreal, o número real foi três, e já foi, nos dias que correm, uma grande aventura. A nossa sociedade de facto não está preparada para apoiar o aumento da natalidade e as famílias vêem-se obrigadas a não ir além dos um, dois filhos. No outro dia comentava com os meus colegas, que quantos mais filhos tenho, mais vontade tenho de os ter. Não há dádiva maior do que dar à luz um ser que durante nove meses se desenvolveu dentro de nós. Tive a sorte de passar, três vezes, por essa experiência e acreditem que se tivesse condições passaria por mais uma ou duas!


E, que legado queremos nós deixar aos nossos filhos: o da irresponsabilidade, o da política do “quem vem a seguir que feche a porta?”, o do “desenrasçanso” tipicamente português, o do “salve-se quem puder” ?



EU NÃO! E VÓS?

Quero apresentar-vos um Homem, aliás O HOMEM que me devolveu a esperança e confiança num futuro e num país melhor: chama-se Eduardo Correia, fundou o MMS – Movimento Mérito e Sociedade, e é uma pessoa que comecei a admirar desde as primeiras palavras que lhe ouvi , no Rádio Clube Português, numa das minhas viagens trabalho/casa.

Nesse mesmo dia fui pesquisar na Internet sobre o MMS, subscrevi o Boletim Informativo e desde então que recebo informações das iniciativas que vão ocorrendo. Votei MMS nas últimas eleições e votarei MMS nas próximas, quero que este HOMEM seja o próximo Primeiro Ministro de Portugal. Porque só ele é que conseguiu, nos últimos anos, devolver-me a esperança e confiança num futuro melhor.

Acredito no Professor Dr. Eduardo Correia para ser o Homem do Leme deste país, para que deixemos, finalmente, de andar à deriva!

Convido-vos a lerem e a informarem-se sobre o Movimento e a ouvirem as entrevistas em:

http://www.mudarportugal.pt/

Ultimamente tem-se ouvido falar muito em “Tachos”, pois bem, quero convidar e desafiar todas as pessoas que apreciam esse nobre utensílio da nossa cozinha, porque nos permite confeccionar excelentes cozinhados, para que nos juntemos à volta do “tacho” onde, todos juntos iremos cozinhar um futuro melhor para a nossa terra e para o nosso país! Os ingredientes não poderiam deixar de ser os seguintes:


- Trabalho (muito);


- Paixão (bastante);


- Razão (toda);

- Orientação (imprescindível);


- Organização (bastante);


- Emoção (a suficiente);


- Empenho (mais que muito);


- Dedicação (toda e mais um esforço);


- Determinação (q.b.)


- Reflexão (muita);


- Confiança (máxima);


- Justiça (sempre);


- Liberdade (toda);


- Mérito (todo);


- Eficiência (máxima);


- Empreendedorismo (q.b);


- (...)


- Esperança (sempre).



Não podemos continuar a nos queixar e reclamar sem nada fazer, eu já comecei a fazer, já preenchi a minha ficha de militante que já enviei por e-mail e amanhã (2.ª feira) irei proceder ao envio dos documentos por CTT. Já manifestei ao MMS a minha disponibilidade e interesse para participar na Mudança e desafio, todos aqueles que se sintam com a mesma vontade, a fazer o mesmo que eu – PARTICIPEM (como militantes, como simpatizantes, como entenderem mas participem!)!

Na lista de ingredientes acima, fica o espaço em aberto, antes da esperança, para mais ingredientes que queiram sugerir para serem acrescentados.

Termino com uma frase que não é da minha autoria mas que já adoptei:

“SE NADA FIZERMOS NADA ACONTECE.”

Noélia Falcão



Nota muito importante: O prazo é já muito escasso (17 de Agosto de 2009), mas ainda estamos a tempo e “mais vale tarde do que nunca!”

Decida-se antes que seja tarde, Tavira espera por NÓS! Portugal, também!