sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

"Um país insuportável" por Marinho Pinto

Recomendo a leitura atenta deste artigo: "Um país insuportável"

Fonte: Jornal de Notícias

Um país insuportável

2011-02-13

A falta de bom-senso e humildade constitui uma das principais causas da degenerescência da justiça portuguesa. Tudo seria simples se houvesse uma coisa que falta cada vez mais aos nossos magistrados: bom senso.

Uma mulher com 88 anos de idade morreu no seu apartamento em Rio de Mouro, Sintra, mas o corpo só foi encontrado mais de oito anos depois, juntamente com os restos mortais de alguns animais de companhia (um cão e dois pássaros).

Este caso, cujos pormenores têm sido abundantemente relatados na comunicação social, interpela-nos a todos não só pela sua desumanidade mas também pela chocante contradição entre os discursos públicos dominantes e a dura realidade da nossa vida social. Contradição entre promessas e garantias de bem-estar, de solidariedade e de confiança nas instituições públicas e uma realidade feita de solidão, de abandono e de impessoalidade nas relações das instituições com os cidadãos.

Apenas duas ou três pessoas se interessaram pelo desaparecimento daquela mulher, fazendo, aliás, o que lhes competia. Com efeito, uma vizinha e um familiar comunicaram o desaparecimento às autoridades policiais e judiciais mas ninguém na PSP, na GNR, na Polícia Judiciária e no tribunal de Sintra se incomodou o suficiente para ordenar as providências adequadas. Em face da participação do desaparecimento de uma idosa a diligência mais elementar que se impunha era ir à sua residência habitual recolher todos os indícios sobre o seu desaparecimento. É isto que num sistema judicial de um país minimamente civilizado se espera das autoridades policiais e judiciais, até porque o caso era susceptível de constituir um crime. O assalto e até assassínio de idosos nas suas residências não são, infelizmente, casos assim tão raros em Portugal. Mas, sintomaticamente, as autoridades judiciais não só não se deram ao trabalho de se deslocar à residência como, inclusivamente, recusaram-se a autorizar os familiares a procederem ao arrombamento da porta de entrada.

E tudo seria tão simples se houvesse uma coisa que falta cada vez mais aos nossos magistrados: bom senso. Mas não. Dava muito trabalho ir à uma residência procurar pistas sobre o desaparecimento de uma pessoa. Dava muito trabalho oficiar outras instituições para prestar informações sobre esse desaparecimento. Sublinhe-se que um primo da idosa se deslocou treze vezes ao tribunal de Sintra para que este autorizasse o arrombamento da porta da sua residência. Mas, em vez disso, o tribunal, lá do alto da sua soberba, decretou que a desaparecida não estava morta em casa, pois, se estivesse, teria provocado mau cheiro no prédio. É esta falta de bom-senso e humildade perante a realidade que constitui uma das principais causas da degenerescência da justiça portuguesa. Os nossos investigadores (magistrados e polícias) não investigam para encontrar a verdade, mas sim para confirmarem as verdades que previamente decretam. E, como algumas dessas verdades são axiomáticas, não carecem de demonstração.

Mas há mais entidades cujo comportamento revela que a pessoa humana não constitui motivo suficientemente forte para as obrigar a alterar as rotinas burocráticas e impessoais.

A luz da cozinha daquele apartamento esteve permanentemente acesa durante um ano, ao fim do qual a EDP cortou o fornecimento de energia eléctrica, sem se interessar em averiguar o motivo pelo qual um consumidor deixou de cumprir o contrato celebrado entre ambos.

Os vales da pensão de reforma deixaram de ser levantados pela destinatária, mas a segurança social nada se preocupou com isso. Ninguém nessa instituição estranhou que a pensão de reforma deixasse de ser recebida, ou seja, que passasse a haver uma receita extraordinária sem uma causa. E isto é tanto mais insólito quanto os reformados são periodicamente obrigados a fazerem prova de vida. Mas isso é só quando estão vivos e recebem a pensão.

Os CTT atulharam a caixa de correio daquela habitação de correspondência que não era recebida sem que nenhum alerta alterasse as suas rotinas.

Finalmente, as finanças penhoraram uma casa e venderam-na sem que o respectivo proprietário fosse citado. Como é que é possível num país civilizado penhorar e vender a habitação de uma pessoa, aliás, por uma dívida insignificante, sem que essa pessoa seja citada para contestar? Sem que ninguém se certifique de que o visado tomou conhecimento desse processo? Como é possível comprar uma casa sem a avaliar, sem sequer a ver por dentro? Quem avaliou a casa? Quem fixou o seu preço?

Claro que agora aparecem todos a dizer que cumpriram a lei e, portanto, ninguém poderá ser responsabilizado porque a culpa, na nossa justiça, é sempre das leis. É esta generalizada irresponsabilidade (ninguém responde por nada) que está a tornar este país cada vez mais insuportável.

(A. Marinho Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Notícia de última hora...

Não posso deixar de publicar aqui a grande "notícia do dia", de minha autoria, publicada em primeira mão no Facebook, na página do Grupo  "1 milhão na Avenida da Liberdade pela demissão de toda a classe política Portuguesa", e que passo a transcrever:

ATENÇÃO... MUITA ATENÇÃO! NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA!...

PEDE-SE A TODOS OS 22.960 MEMBROS QUE LEIAM O QUE A SEGUIR SE COMUNICA, DADA A IMPORTÂNCIA E RIQUEZA DA NOTÍCIA:

Soube-se que todos os POLÍTICOS HONESTOS e COMPETENTES deste país, que lutam sem sucesso para que a situação do país mude, irão APRESENTAR A SUA DEMISSÃO, para desta forma poderem ADERIR ao GRUPO: "1 milhão na Avenida da Liberdade pela demissão de toda a classe política Portuguesa", por não se reverem nas políticas do Governo, que consideram uma tragédia para o futuro do PAÍS. A ser verdade, será algo verdadeiramente inédito e digno de registo. A todos esses homens e mulheres que TIVEREM a CORAGEM de tal NOBRE e DIGNO ACTO terão a minha admiração eterna! Presumo que a Vossa também!

Fontes: A Honestidade; A Honra; A Competência; A Independência, A Exigência; O Amor a Portugal; O Orgulho de ser Português; O Patriotismo; O Rigor; A Transparência; A Defesa da Causa Pública; O Respeito pelo nosso Património; A União; A Renovação de Valores e Competências; A Justiça e finalmente... A VERDADE!

Espero não me ter esquecido de referir nenhuma fonte, igualmente, importante! RESTA SABER QUANTOS SERÃO?!... Partilhem esta excelente notícia com os V/amigos e conhecidos, isto sim vale a pena partilhar!!!

E terminei com a seguinte ligação:
Simone - Pra não dizer que não falei das flores

Nota: A minha filha acabou de me dizer "Era bom que isso fosse verdade!" E eu acrescento: E como era!...

Entretanto, o grupo já está com 23.296 Membros!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A "FABULOSA" Folha salarial da "Fundação Cidade de Guimarães"

Já não tenho palavras, já não tenho adjectivos, já não acredito, sinto-me cada vez mais indignada e já quase não tenho esperança!...
No passado temos páginas negras na nossa história, de pilhagens e roubos, mas feitos por estrangeiros, agora ver a pilhagem feita pelos "nossos" dói muito na alma!... E mais não digo, leiam o texto que se segue, publicado no:

Bulletin from the cause: Contra a impunidade em Portugal

(http://www.causes.com/causes/535374-contra-a-impunidade-em-portugal?m=d1e88d22)

To: Members in Contra a impunidade em Portugal

Folha salarial da 'Fundação Cidade de Guimarães'



FOLHA SALARIAL (DA RESPONSABILIDADE DA CÃMARA MUNICIPAL) DOS

ADMINISTRADORES E DE OUTROS FIGURÕES, DA 'FUNDAÇÃO CIDADE DE GUIMARÃES',

CRIADA PARA A 'CAPITAL DA CULTURA 2012'


- CRISTINA AZEVEDO - Presidente do Conselho de Administração: 14.300 ?

(2 860 CONTOS) MENSAIS + CARRO + TELEMÓVEL + 500 ? POR REUNIÃO


- CARLA MORAIS - Administradora Executiva: 12.500 ? (2 500 CONTOS)

MENSAIS + CARRO + TELEMÓVEL + 300 ? POR REUNIÃO

- JOÃO B. SERRA - Administrador Executivo: 12.500 ? MENSAIS + CARRO +

TELEMÓVEL + 300 ? POR REUNIÃO

- MANUEL ALVES MONTEIRO - Vogal Executivo: 2.000 ? MENSAIS + 300 ? POR REUNIÃO


Todos os 15 COMPONENTES do Conselho Geral, de entre os quais se

destacam

JORGE SAMPAIO

ADRIANO MOREIRA

DIOGO FREITAS DO AMARAL

EDUARDO LOURENÇO

recebem 300 ? por reunião,

à excepção do Presidente (JORGE SAMPAIO) que recebe 500 ?


EM RESUMO:

1,3 MILHÕES DE EUROS POR ANO, EM SALÁRIOS.

COMO A FUNDAÇÃO VAI MANTER-SE EM FUNÇÕES ATÉ FINAIS DE 2015,

AS DESPESAS COM PESSOAL

DEVERÃO SER DE QUASE 8 MILHÕES DE EUROS !!!

REPAREM BEM: ADMINISTRADORES GANHANDO MAIS DO QUE O PR E O PM !


Esta obscenidade acontece numa região, como a do Vale do Ave,

ONDE O DESEMPREGO RONDA OS 15 % !!!

ALGUÉM ACREDITA EM LEIS ANTI-CORRUPÇÃO FEITA POR CORRUPTOS


Anonimo"

=================

Depois de olhar para estes números, é caso para dizer: "palavras para quê"????
Noélia

sábado, 5 de fevereiro de 2011

1 milhão na Avenida da Liberdade pela demissão de toda a classe política

Divulgo aqui uma página de um Grupo no Facebook, com a seguinte designação: 

1 MILHÃO NA AVENIDA DA LIBERDADE PELA DEMISSÃO DE TODA A CLASSE POLÍTICA PORTUGUESA

Eu já aderi! Espero que se juntem a NÓS! Já somos quase 4500...
Se concordar, divulgue pelos seus amigos e conhecidos:
http://www.facebook.com/home.php?sk=group_192153134146638&notif_t=group_activity